Aproximam-se jogos de grande intensidade. Espero que em todos eles exista festa, alegria, boa-disposição, fair-play e que as questões éticas sempre prevaleçam.
Respeito pelo adversário, pelos árbitros, pelos adeptos, pela comunicação social, ou melhor respeito por todos.
O respeito é essencial para a promoção desportiva.
A responsabilidade é de todos e não só de alguns.
Não podemos em alguma circunstância pactuar com as questões da violência associada ao fenómeno desportivo, violência física mas também violência verbal. A tolerância nestas matérias relacionadas com a ética é zero, não pode ser de outra maneira.
Mais que legislação e regulamentação importa destacar os comportamentos.
Defendo há muito tempo que um jogo de futebol tem que ser sempre uma “festa”, antes, durante e após o jogo, tem que ser encarado com os mais elementares princípios da ética em geral e da desportiva em particular. Tem que ser espectáculo para proporcionar prazer e atrair multidões aos estádios, onde o conceito família possa sempre prevalecer.
Atenção aos horários e dias dos jogos, o preço dos bilhetes (estamos em crise profunda) e as condições de segurança.
Para além dos comportamentos precisamos de alterar igualmente alguma terminologia como por exemplo “alto risco”.
Ver imagens do corpo de intervenção em estado de prontidão, ver jovens a viajar em autocarros cabriolet, com vidros partidos e alguns pendurados no tejadilho, são dispensáveis na promoção do espectáculo que pretendemos.
Os meios de segurança não se exibem, muitas vezes opta-se pela exibição mediática dos mesmos quando devíamos ter um patrulhamento de proximidade, discreto tendo uma presença dissuasora, fiscalização e actuação fundamentalmente preventiva.
Numa palavra… Respeito. É isso que todos queremos.
Pontapé-de-saída, A Bola, 25/10/2010