O país tal como o desporto precisam de estabilidade. Estabilidade para equilibrar as finanças públicas e para crescer desportivamente.
Infelizmente começa a ser habitual a ausência de bom-senso na gestão de alguns processos. Olhemos para o que se passa na Vela com um conflito instalado entre dirigentes, o que se passou no Triatlo entre os dirigentes e o ex-Director Técnico Nacional Sérgio Santos e o abandono do Futebol Clube do Porto em Atletismo.
São situações todas elas dispensáveis pois o Futebol Clube do Porto já nos deu muitas alegrias no Atletismo, o Triatlo é uma modalidade com um futuro promissor e a Vela uma escola de campeões.
Com estabilidade e bom-senso muitas destas questões não tinham acontecido.
Juntamente com estabilidade desejamos tranquilidade.
Vou falar de Paulo Bento mas antes não posso ficar indiferente ao que vi à porta da FPF. Onde estava o pelouro da comunicação?
Permitir no mesmo dia que Gilberto Madail, Amândio de Carvalho e Paulo Bento falassem à imprensa sentados ao volante dos seus automóveis não é a imagem positiva que a FPF nos tem habituado ao longo dos anos. Lembram-se da “Zona Mista”? Como querem “obrigar” os jogadores quando os dirigentes dão estes exemplos? São erros de comunicação dispensáveis.
Quanto a Paulo Bento, desejo-lhe a melhor sorte do mundo e que consiga, com alegria, garantir o apuramento para o Europeu de 2012. Apesar de novo, Paulo Bento já mostrou competência, ambição e responsabilidade mas neste momento merece ser enaltecida a sua coragem. É verdade, coragem.
Coragem quando assumiu os destinos do Sporting, vindo da equipa de juniores e coragem quando no meio de tantos problemas aceita voltar a dar confiança e esperança a Portugal e aos portugueses.
Ganhar à Dinamarca é aquilo que todos desejamos.
Eu acredito.
Pontapé-de-saída, A Bola, 27/09/2010