Pedro Santana Lopes anunciou que estava a pensar escrever um livro para relatar os momentos mais polémicos da sua governação. Desde então o PSD entrou num turbilhão de reuniões, entrevistas, almoços, mega-almoços e jantares.
Eu acho que desde a publicação do livro tudo foi diferente.
O nervosismo de alguns, as preocupações de outros e a tentativa de marcar a agenda de muitos, faz com que não se fale do PS e do seu congresso, do governo e dos seus ministros. Sócrates até já mandou os postais de Boas Festas a todos.
Vamos aos factos:
– Mega almoço em Gaia com uma organização à americana onde Luis Filipe Meneses fez um discurso muito forte para dentro e fora do partido.
– Rui Rio foi à Grande Entrevista de Judite Sousa para marcar terreno. Foi um Rui Rio pouco ousado, diferente do habitual, demasiado calculista.
– Morais Sarmento foi à TSF e ao DN numa entrevista em que não ficou pelas meias palavras. Frontal, directo e acutilante. Esta entrevista vai marcar o futuro próximo.
– Entretanto andaram a "vender" (mais) um bom artigo de Rita Marques Guedes no Diário Económico e António Borges foi ao Dragão ver o F.C.Porto com o Arsenal mas ninguém deu por ele.
– Marques Mendes falou aos autarcas nas comemorações dos 30 anos do poder local democrático. Fez um discurso muito forte só prejudicado pelo mediatismo ocasional de Carolina Salgado e Pedro Mantorras.
Continuando o seu realismo e pragmatismo lá vai conquistando posições internas. Desta vez foi a Distrital de Aveiro onde António Topa (apoiante de Marques Mendes) venceu de forma bem clara.
Resumindo, tudo se precipitou com o livro de Pedro Santana Lopes. Agora só falta Morais Sarmento ir à entrevista do regime, diga-se Judite de Sousa, e aguardar pela quebra do silêncio de Aguiar Branco.
O que eu gostava mesmo de saber é o que pensa o senador Manuel Dias Loureiro destas "manobras" todas.