O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO

10 de Janeiro de 2011

Prestes a deixar o posto de embaixador do Reino Unido em Portugal, Alexandre Ellis diz sobre os portugueses o seguinte: “Vocês não gostam do que têm de bom”. Este testemunho é bem demonstrativo da falta de auto-estima que existe em Portugal.

O desejo de ter algo que outra pessoa possui ou usufruir de uma situação semelhante a outro é uma característica negativa que infelizmente muitos portugueses têm.

Já Luís Vaz de Camões nos “Lusíadas” termina com a palavra inveja o que vem provar que este não é um problema desta geração, mas decorre ao longo da nossa história.

Refiro a entrevista do embaixador para vos falar da Bwin Cup, ex-Carlsberg Cup, vulgarmente chamada Taça da liga.

É a mais nova competição profissional e tem demonstrado uma resistência anormal.

Felizmente na edição deste ano todos os treinadores a querem ganhar, mas já venceu boicotes de uns, viagens de comboio de outros e indiferença de muitos.

Esta competição dá prémios financeiros, proporciona oportunidades aos jogadores com menos minutos nos campeonatos e preenche datas no calendário.

Ainda não dá acesso a uma competição europeia mas vai certamente lá chegar. O vencedor arrecada mais de 500 mil euros em prémios e felizmente que não estão a faltar patrocinadores nem televisão.

Aliás o painel de flash-interview está este ano com novas cores e novas marcas o que comprova claramente o princípio básico do “caminho faz-se caminhando”.

Se alguns treinadores para aliviar pressão decidem fazer críticas, apetece informar que há um tempo para tudo e que normalmente todos são chamados a dar sugestões e apresentar propostas.

Existem bloqueios conservadores que desportivamente são vencidos com a força da razão e persistência da alta competição.

Termino citando uma vez mais o Sr. Embaixador: “Vocês não gostam do que têm de bom”.

Pontapé-de-Saída, A Bola, 10/01/2011

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