EU APOSTO…

1 de Março de 2011

O futebol tem conseguido como poucos sectores transformar as dificuldades em oportunidades. Resiste ao impacto negativo dos mercados e procura encontrar soluções para ultrapassar os problemas.

A gestão dos clubes de futebol tem que ser feita com muita inteligência e responsabilidade.

Os dirigentes têm que saber resistir à pressão das bancadas. Têm que ser frios e absolutamente realistas.

Cumprir com as obrigações fiscais e da Segurança Social é o primeiro passo para se aumentar a credibilidade e o nível de exigência. Controlar as despesas, evitar os excessos e os despesismos e procurar gerar novas receitas.

O mercado audiovisual, a internet, os telemóveis são instrumentos a ter em conta.

Não devemos abrandar a luta pela regulamentação das apostas desportivas em Portugal. Bem sei que é um tema pouco consensual, mas fico feliz pela evolução manifestada pelo executivo, mais concretamente pelo secretário de Estado da Juventude e Desportos. Feliz também fico pela alteração de pensamento de algumas personalidades importantes no nosso futebol que há pouco mais de um ano achavam o assunto com pouca importância.

A Liga portuguesa tem liderado, e bem, este dossiê procurando alertar o governo para as injustiças que o “monopólio” vigente provoca. Ninguém ganha, a não ser, os operadores. Não ganha o Governo, nem a Liga nem os clubes.

Quando todos se esforçam no aumento da receita fiscal, não consigo perceber a inércia legislativa sobre a matéria em apreço bem como as resistências da tutela da Santa Casa da Misericórdia e dos casinos.

Com a regulamentação todos ficam a ganhar, sem regras continuam só alguns a ganhar e fora do país, pois é onde estão sedeadas as empresas operadoras.

Eu aposto que caso exista legislação de enquadramento estas empresas passam a operar em Portugal e pagam cá as suas obrigações fiscais e contratuais.

Pontapé-de-Saída, A Bola, 23/11/2010

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