BOMBA ATÓMICA

1 de Março de 2011

Este é o primeiro Pontapé de Saída em 2011.

Será certamente um ano muito difícil em termos económicos e financeiros para os portugueses.

Um ano de aumentos.

Aumenta a água, a luz, os transportes, o pão e outros bens essenciais.

Aumenta também o desemprego e as injustiças sociais. Aumentará igualmente a pobreza e teremos que encontrar respostas para evitar que a marginalidade, a insegurança e a violência vão crescendo.

O que precisa de aumentar igualmente é a nossa auto-estima, a confiança e esperança.

Esperança num futuro melhor, incluindo o desporto em todas as suas vertentes.

O ano de 2011 será um ano decisivo para a Federação Portuguesa de Futebol. Nos últimos dias de 2010 não existiram sinais inequívocos de se criarem plataformas de entendimento para encontrar soluções. Indecisão relativamente à data das eleições, precipitação de candidaturas e a juntar a tudo isto um clima de uns contra os outros, quando o futebol português precisa de um projecto mobilizador e que seja abrangente pensando o futebol desde a formação até ao patamar profissional, passando pela justiça, disciplina e arbitragem.

Relembro que ninguém deve ser excluído e que as associações distritais têm um papel imprescindível e insubstituível no desenvolvimento do futebol de norte a sul, do interior ao litoral, passando pelas regiões autónomas.

Precisam-se sinais de boa vontade e bom senso para ultrapassar o impasse criado.

As instituições internacionais UEFA/FIFA devem olhar com alguma perplexidade para toda a situação.

Tal como o Presidente da República tem possibilidade de accionar a bomba atómica dissolvendo a Assembleia da República, o senhor secretário de Estado possui igualmente mecanismos para colocar o futebol na linha no plano nacional e internacional, accionando não a bomba atómica mas sim uma bombinha de carnaval.

Será que haverá necessidade?

Pontapé-de-Saída, A Bola, 03/01/2011

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